sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

2014, Só Uma Data

De acordo com o calendário cristão ocidental, chamado Gregoriano, ou moderno, estamos no primeiro mês do ano de 2014. Fazem-se festas de passagem de um ano para o outro, acredita-se em promessas, pulinhos nas ondas, lentilhas, carne de porco e cores de roupas. No entanto, tudo nao passa  de uma delimitação das seqüências intermináveis - dias e noites, posições do sol e da lua, baixa e alta temperatura. Nada mais. O calendário ficou conhecido como Gregoriano por que foi instituído pela Igreja Católica Romana, outorgado pelo papa Gregório XIII, no ano 1582. Após a sua instituição, imediatamente fora aceito pela Espanha, Portugal e Polônia e, a seguir, por todos os países ocidentais, mesmo os de maioria protestante. O anterior era chamado de Juliano, já que fora outorgado pelo então imperador romano, Julio César, no ano 46 aC. Fora essas considerações históricas e culturais, o hoje é um dia como qualquer outro, em pleno verão do hemisfério Sul. Mas, se quisermos considerar as datas fechadas,  em 2014 podemos comemorar os 200 anos da primeira prisão de Napoleão Bonaparte na ilha de Elba; o nascimento de Mickail Bakunin, o russo que teorizou o Anarquismo; ou a morte do Marques de Sade, o francês que horrorizou a sociedade com o romance Justine, ou infortúnios da virtude.  Podemos dizer ainda que há 150 anos nascia o alemão Maxmilian Karl Emil Weber, Max Weber, o maior sociólogo de todos os tempos. Ou, que há 100 anos acontecia o primeiro jogo da Seleção Brasileira, quando ganhou do Exeter City Football Club - Inglaterra (Brasil 2 x 0 Exeter); também que há 100 anos, era assassinado o arquiduque austríaco, Francisco Fernando e iniciava a primeira Grande Guerra Mundial; ah, também há 100 anos, Charlie Chaplin criava o adorável vagabundo, Carlito. Ainda poderíamos pensar em datas menores, há 50 anos iniciava no Brasil a Ditadura Militar; ou, há cinco décadas exatas, o pensador existencialista francês, Jean-Paul Sartre, recusou o Prêmio Nobel de Literatura. Enfim, todo dia é dia de alguma coisa, mas todo dia é igual ao outro. Se tivéssemos um calendário muçulmano estaríamos no ano 1392, mas se fosse judeu, estaríamos entrando no ano 5774, ou de povos diferentes, estaríamos em outras datas. Nada mais.

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