quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Mulheres na Historia

Aspácia de Alexandria, Helena de Tróia, Joana d’Arc, Anita da Laguna: a história humana sempre encontrou a presença de mulheres, como  grandes pensadoras, rainhas, religiosas, guerreiras, ou somente grandes amantes. Diria o poeta, “se não fosse a mulher, mimosa flor, a história seria mentirosa”. Mas foi apenas na história recente que as mulheres tornaram-se evidentes, tomando partido nas decisões políticas, impondo-se na filosofia, nas ciências e nas artes, partícipes, como protagonistas das relações humanas. As traduções do livro sagrado cristão descrevem, no livro de Gênesis, a primeira mulher como feita de uma costela masculina que, tentada pela serpente, enganou seu homem. Seria esta uma reafirmação da supremacia masculina, que a cultura ocidental tem sido calcada na pureza virginal da mulher, na liberdade do homem? Entretanto, o Talmude, antigo livro hebreu, bem como a Cabala, descrevem uma mulher anterior a Eva e que não se submetera a Adão; seu nome é Lilith. O que se descreve o texto é que quando fez os primeiros seres da humanidade, Deus teria feito um casal, Adão e Lilith, ambos de barro; logo após, teria soprado nas narinas de ambos e, assim, dado vida aos dois. Por não aceitar se submeter ao seu companheiro, Lilith teria sido abandonada e transformada em serpente e, só então, Eva teria sido feita, como “osso do osso e carne da carne” de Adão. Nos tempos atuais, quando se fala de pôs-modernidade, do fim das verdades absolutas, nao cabe mais falar de supremacias, quer seja étnica, etária ou gênero. A sociedade caminha por seu traçado histórico, readequando os papeis e, assim, a mulher chegou ao século 21 ocupando espaços antes destinados somente aos homens. Mas nao e só isso. Ela veio para ficar. E mais, a sua condição materna, traz para a humanidade um toque de observacao, de sensibilidade.

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