segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Prazer, o Sentido da Vida
Alguns pregadores posicionam-se contrários ao pensamento hedonista, acusando-o de materialista ou afirmando que qualquer corrente filosófica, voltada para o prazer, é demoníaca, em desalinho às leis dos céus. O problema é que bem poucas pessoas sabem conceituar devidamente a palavra hedonismo; alguns sabem, mas de maneira distorcida, o que é ainda pior.
Hedonismo é uma corrente filosófica, proposta pelo pensador antigo - Epicuro de Samos (341-270aC) - originada do radical grego, "hedon" que quer dizer prazer ou "hedonikos" que quer dizer prazeiroso. A idéia central dos pensadores enturmados como hedonistas, era que o sentido para a existência dos humanos seria a eterna busca pelo prazer.
Mesmo aquele que se desapega das coisas boas, terrenas, estaria na busca por uma força prazeirosa em outra dimensão, em uma vida pós-morte, ou coisa parecida. Mas tambem aquele que se despe dos prazeres mundanos, ou vive a ajudar ao próximo, só o faz porque com isso encontra momentos de regozijo. Nesse caso, o sentido todo da existência humana seria sim, única e exclusivamente, a eterna busca daquilo que lhe é prazeiroso.
Entretanto, ensinavam os hedonistas, deve-se buscar o prazer com sabedoria, para que este se manifeste de forma mais intensa e mais duradoura. Para isso, o indivíduo deveria buscar a sabedoria, conhecer a si próprio e àquilo que o cerca, para assim - agir de acordo com suas possibilidades.
Comer dá prazer?Sim. Então deve-se comer, mas é preciso saber a quantia devida, pois em demasia não acarretará prazer, mas um grande mal-estar. Fazer sexo, dá prazer? Sim. Então deve-se fazer, mas para isso é preciso saber como, quando, com quem e em que condições, pois pode vir a ser um grande sofrimento. Assim, pode-se pensar desta forma com tudo o que nos cerca: a bebida, os estudos, o trabalho, as viagens etc.
Da mesma forma nas relações pessoais: ser respeitado é bom? Dá prazer? Sim. Mas como se faz para ser respeitado? Respeitando os outros. Assim, Epicuro ensinava a se ter uma vida regrada, não por uma necessidade advinda de fora da existência, mas para se ter mais prazer, mais felicidade, pois esse é o único sentido da vida.
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