segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Jesus, Cristianismo e Denominações
O cristianismo é todo apostólico. Jesus de Nazaré em nenhum momento solicitou que aqueles o ouviam formassem uma um seita, uma confraria; no máximo, contrariou os judeus que sempre se acharam o povo de deus, os únicos salvos e falou: "vão e preguem a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo."
A partir de Paulo é que se começaram a formarem-se os grupos de convertidos: um em Tessalônea, outro em Roma, outro em Corinto, outro no Egito, em Éfeso, ou na Galácia. Com o passar dos anos os grupos perderam a unidade, com a interpretações variadas sobre os livros antigos judaicos, bem como dos textos que traziam a novidade da vinda do messias e mesmo as cartas de Paulo e outros.
Com interpretações diferenciadas, alguns grupos passaram a acrescentar novos pontos que não haviam em outros e a cortarem livros ou acrescentarem outros. Não houve unidade entre os cristãos nos três primeiros séculos, até a conversão do imperador romano, dando origem a grupos como o cristianismo copta, existente no Egito ate hoje, sempre com uma teologia completamente a parte dos cristãos ocidentais.
Com a conversão do imperador Constantino, no início do século 4, começou-se um esforço para manter uma unidade entre os adeptos e a unificação de uma bíblia, apenas um de todos os livros, um livro sagrado dos cristãos: o texto aceito nos dias de hoje. Nos séculos seguintes, alguns grupos não aceitaram e continuaram a fazer suas próprias interpretações, acrescentando livros ou ideias, dando origem às chamadas heresias.
Esse foi o caso do nestorianismo, uma corrente defendida pelo bispo de Constantinopla - Nestor, mas que fora rechaçada; segundo alguns estudiosos, sobrevive ainda um pequeno grupo de cristãos nestorianos na China. Com a morte de Constantino, o grupo maior se aglutinou com a coordenação do bispo de Roma, sob a nomenclatura de Igreja Católica Apostólica.
A sua unidade vingou até o século 11, quando alguns bispos do leste europeu rebelaram-se contra uma série de mudanças, como os dogmas da Imaculada Conceição de Maria e da autoridade de Roma sobre a igreja no mundo. Isso fez surgir o que chamaram de Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Grega, Russa,Turca, entre várias outras, em separado da Igreja Católica Apostólica Romana.
A fração ocidental sofreu mais uma divisão no início século 16, surgindo os grupos luteranos, batistas, metodistas, anglicanos, adventistas e outros, agrupados numa única expressão: protestantismo. Há 100 anos surgiram os pentecostais a partir dos batistas e continuam a se fragmentar até hoje, atraindo fieis de todas as outras denominações. Atualmente os cristãos dividem-se em uma miríade de denominações, com as mais variadas teologias e influências culturais, dificultando um entendimento apurado da situação.
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