quinta-feira, 27 de março de 2014
Economia das Palavras
A língua falada, o idioma, pertence ao povo que fala e não ao livro que o expõe e mostra as suas regras. Entretanto, é preciso que o mínimo de regras seja observado, tendo em vista que a comunicação só acontecerá caso os interlocutores conheçam as regras da tal linguagem. Algumas línguas já foram importantes e hoje são ditas mortas, como é o caso do Latim e do Sanscrito; outras, são as inúmeras línguas faladas na nossa época.
No entanto, as ditas línguas vivas sofrem a ação da história numa constante mutação, enviando e recebendo influencias de outras línguas, a partir das relações entre os povos. É o caso do Brasil que trouxe para cá o Português, uma língua latina, cheia de influências gregas e árabes e que aqui acrescentou expressões indígenas e africanas. Mas tempos mais recentes ainda recebeu influencias do idioma Francês e atualmente recebe do Inglês.
Se por um lado há as influências de um idioma ao outro - internamente, o próprio falante tambem vai alterando o seu falar na rapidez das suas pronuncias; um dia vossa mercê foi falada, mas que então, virou vós mecê e que posteriormente virou você. Ora, se fizermos um estudo etimológico, veremos que na sua origem, muitas palavras surgiram destas constantes adaptações do falar.
Por outro lado, a existência viva da palavra nada tem a ver com os chamados, vícios de linguagem; com eles não é o caso de serem ou não absorvidos pelo idioma. Esse caso é de retratarem a origem e a instrução do falante: os excessos de "né", de "pois então", de "a nível de". Não que essas palavras não possam ou não devam ser faladas, mas é preciso que se faça um pouco daquilo que Graciliano Ramos bem ensinava, os excessos devem ser eliminados; deve haver a economia das palavras.
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Concordo,os excessos devem ser eliminados . Vejo também como perigosos os vícios de linguagem.
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