segunda-feira, 24 de março de 2014

Unificações e separações, lutas políticas e economicas

Nos tempos atuais, quando se fala em pós-guerra fria e os seus desdobramentos, parece que o separatismo anda solto pelo mundo a fora. Há alguns anos houve o desmembramento da URSS (União das Republicas Socialistas Soviéticas) e, a partir daí, surgiram varias unificações e separações. A antiga Iugoslávia se despedaçou por inteira; os povos que a compunham formaram novos países: Kosovo, Montenegro, Eslovénia, Croácia, Bósnia, Servia e Macedónia.   Nas ultimas semanas a mídia dá conta da separação da Crimeia com relação a  Ucrânia, apoiada pela Russia; quase 96% da população optou por sua autonomia. Certamente, sabe-se que ali a situação é milenar. Afinal, a Crimeia já pertenceu ao antigo Império Russo, ainda nos tempos czaristas, depois - durante todo o período de vigência da URSS e, mas recente, pertenceu (ou pertence) à Ucrania. Na Espanha, unificada no inicio da era moderna, voltam-se agora ás linguas regionais, como o catalão e o castelhano, devido ao crescente sentimento separatista; sem contar com a eterna luta dos vascos (ou bascos) pela criação de seu pais. Agora, foi a vez da população de Veneza, vai ás urnas para decidir a separação da Itália e a formação da Republica da Sereníssima Veneza. Alias, na Itália sabe-se, há muito tempo, da existencia da Liga Norte, um grupo radical de direita que considera italianos apenas os nascidos entre Roma e o norte do País. Nesse rastro, há alguns anos, um grupo de sulistas brasileiros também proclamaram um movimento chamado, O Sul é Meu Pais; a ideia seria a unificação dos três estados do Sul, mas que foi um movimento natimorto. O problema é que esse pretenso pais seria um Brasil em miniatura e com as mesmas falhas que levaram ao pensamento separatista, a concentração de poder em uma dada região.   As separações e as unificações acontecem, não por serem representadas por grupos do bem ou do mal, mas por fazerem parte dos interesses dos envolvidos. Esse fenômeno, com a formação de novos países, com uma delimitação territorial e o estabelecimento de um estado soberano, é um processo natural desde o inicio dos tempos. Entretanto, pode-se dizer que suas raízes são - ao mesmo tempo - políticas e econômicas e acontecem em momentos específicos: primeiro - quando se vislumbra um crescimento econômico, a tendência é o agrupamento; quando há uma queda nas perspectivas, o contrario, a separação.

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