quinta-feira, 20 de março de 2014
O que é investir em Educacao?
No Brasil permanece o debate sobre a necessidade de mais investimentos públicos em educação, algo que foi tomado pelo senso comum e que agora é repetido aos quatro cantos. Sim, uma necessidade que nao precisa ser catedrático nas ciências das humanidades para se constatar. E assim, de forma uníssona, se clama por educacao por todos os lados, das maiores instituições jornalísticas do país, ao Facebook.
Ora, o que nao se tem falado, e aí reside a fragilidade de tal debate, são as impertinentes perguntas necessárias: o que significa investir em educação? Esse investimento seria de mais salas de aulas? O implemento de tecnologia na didática? Ou seria, aumentar o número de alunos em cada sala de aula? Quem sabe, seria melhorar o salário dos professores? Enfim, há uma infinidade de outras perguntas que suas exposições só aumentaria em demasia essa nossa fala.
Mas nessa totalidade, uma pergunta vem necessariamente a tona: qual é a participação dos brasileiros na vida escolar de seus filhos? Sim, esses mesmos, os que clamam por melhor educação. Quando que esses homens e mulheres foram a escola e se dispuseram a colaborar com a instituição, ou acompanham o dia a dia escolar de seus filhos?
Ora, aqui no Brasil os mais pobres participam pouco, tendo em vista a sua luta pela sobrevivência; nesse caso, as crianças são representadas pelos irmãos, pelos avos, tios ou vizinhos. Os mais ricos tambem não têm tempo para isso; e, nas suas lutas pelo enriquecimento, as reuniões de pais são representados pelas babás. Alias, os filhos desses últimos, estão sempre cheios de peças tecnológicas, como se isso substituísse a paternidade.
Certamente que é preciso escolher qual caminho a sociedade deve tomar, se quer mais presídios ou mais escolas. Certamente que os programas governamentais precisam privilegiar investimentos em educação; entretanto os legisladores, os magistrados e o promotores devem dar a devida atenção de seus setores. Assim como a sociedade civil, de um modo geral, precisa tomar posição - fazendo a sua parte: as empresas, o que fazem pela educação, sem esperar retorno financeiro? Ou a imprensa, quando vai começar a noticiar as inovações e os grandes trabalhos praticados pelas escolas, em vez de só destacar as desgraças, ou o que ocorre de ruim?
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Infelizmente, quando se fala em "investir" em educação, pensa-se prioritariamente em estrutura física, em tecnologias e mudança na grade curricular; como se o "problema" da educação, aquele mesmo sobre o qual todos têm uma opinião formada (muitas vezes infundada), fosse apenas estrutural; não se considera a valorização do profissional da educação como um fator decisivo na melhoria do ensino, muito menos a efetiva participação dos pais na educação escolar de seus filhos, desconhecem o enunciado no Art 205 da Constituição Federal: Educação, direito de todos, dever do Estado e da família...
ResponderExcluirPercebe-se que, se há clamor por parte do senso comum, no tocante a educação, é porquê, realmente esta lacuna existe. No entanto, caberá aos profissionais do conhecimento a árdua tarefa de entusiasmar os que hodiernamente estão nas salas de aula, para que em meio as mais variadas dificuldades, encontradas pelos alunos de ensino fundamental e médio, não seja motivo para o abandono da sala de aula.Entusiasmo para aprender e compreender, que somente através do estudo(conhecimento), é que o status social de hoje, pode ter um status diferente amanhã.
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