quinta-feira, 26 de março de 2015
Brizola, Um Homem Que Amou o Brasil
Por mais que falemos em democracia, em participação popular, ou em cidadania, alguns homens e mulheres são necessários, tanto na formação política, quanto na condução da sociedade; alguns são intelectuais, outros ativistas e lideres ou estadistas. Outros ainda, reúnem todas essas qualidades, portanto são imprescindíveis; essa condição é o que se pode dizer do grande estadista brasileiro, alguém que tinha uma visão política de esquerda muito a frente do seu tempo, o governador Leonel de Moura Brizola.
Engenheiro civil por formação, esse riograndense era governador quando no início dos anos 60 o seu cunhado, João Goulart fazia enfrentamento contra a direita brasileira que não eceitava a sua posse. Brizola, um homem que amou o Brasil, foi para a linha de frente com sua Cadeia da Legalidade alertando os brasileiros do golpe que se gestava e mesmo chamando as lideranças golpistas para o diálogo.
Em 1964 era forçado a viajar para o exílio e lá permanecer por uma década e meia, mas em nenhum momento perdeu contato com os encaminhamentos políticos então vividos no Brasil. Quando retornou, os novos partidos estavam sendo criados e o general Golbery de Couto Silva articulou de imediato para que sua antiga sigla, o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) fosse entregue a Ivete Vargas, forçando-o a criar o PDT (Partido Democrático Brasileiro).
Leonel Brizola fora um brasileiro que conhecera como ninguém, o seu país, tendo muito claro as necessidades mais prementes e via na educação, o grande caminho para libertar um povo. Aliás, a preocupação com a educação fora sempre o norte que lhe orientou em todas as vezes que esteve a frente dos governos do Rio Grande do Sul ou do Rio de Janeiro.
Leonel de Moura Brizola nunca se fixou em divergências pequenas divisionistas que tanto atrasam os movimentos de esquerda. Mas também não se pode falar de seu nome sem mencionar sua luta contra a mídia brasileira, reacionária e golpista. Enfim, não fora ele um herói, já que um povo não precisa de herói; fora sim um brasileiro que dedicou sua vida à política do seu país e teve por demais a sensibilidade das necessidades mais prementes que o povo sente.
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