quinta-feira, 5 de março de 2015

Praxis, Um Conceito de Luta

Alguns se perguntam, por que todos os grandes intelectuais, ditos - marxistas, foram também - ou são - militantes políticos revolucionários e alguns até guerrilheiros. A luta política é complexa. O interessante é pensar que os motivos que levam homens e mulheres a se engajarem em lutas políticas pelo mundo a fora, defendendo projetos de direita ou de esquerda são os mais variados, vão de crenças, medos, capricho, excesso de informação ou de desinformação. O pensamento de Karl Marx surgiu envolvido nas lutas dos trabalhadores do século 19, como uma resposta aos resultados que o mundo vivia - a partir da grande revolução industrial. O pensador alemão admitia as afirmações do economista, Adam Smith, de que a riqueza advém do trabalho, a transformação da natureza em bens de uso, mas para sustentar a necessidade da luta revolucionária, ele buscou em Hegel,  o pensamento dialético que por sua vez buscara em Kant, o seu juízo sintético e o tempo na filosofia. Para Marx, se as pessoas transformam a natureza e assim fazendo transformam a si próprias; em outras palavras, fazem suas próprias histórias - é preciso que se tomem consciência disso. Entretanto, ter consciência significa entender o processo de transformação, mas tambem o envolvimento na seqüência das transformações.  É preciso que cada um dos trabalhadores, os reais transformadores da natureza, entenda que é parte importante no processo de transformação e se empenhe na seqüência de mudanças. Mas mais que isso, um conceito marxista que remonta ainda os antigos gregos e que dá vida ao engajamento político do intelectual é a praxis. Uma expressão que é quase uma pergunta: se não aceitas a sociedade do jeito que está, o que fazes para mudar? Assim, esse conceito perturba todo aquele que já percebeu que  o sistema social  vigente é um modo segregador, uma teia envolvente, oportunizando apenas a alguns e gerando fome e miséria para outros. Esse fora o motor que levou pensadores como Vladimir Lenin, Antônio Gramsci, Rosa Luxemburgo, Leon Trotski, Ernesto Guevara, Mao Tze Tung, para citar apenas citar apenas alguns, a abandonarem o aconchego das academias para entregarem-se a uma causa revolucionária. Fora essa tal perturbação na história política mundial que levou inúmeros intelectuais a entrarem de corpo e alma nas lutas revolucionárias.

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