segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Modernidade e a Solidão do Eu

Os três pensadores que deram a guinada de 180º no pensamento dos humano sobre suas próprias existências, construindo aquilo que ficou conhecido como modernidade, foram: Darwin, Freud e Marx. A princípio, os seus pensamentos são diferenciados entre si, mas no fim, os três convergem para a construção de uma mesma noção e que essa dá as balizas intelectuais da era moderna. A contribuição do inglês, Charles Darwin, foi mostrar que os homens são apenas o resultado de uma eventualidade, ocorrida no planeta Terra. Os humanos seriam nada mais que frutos de uma seleção natural, vivida pelas espécies, ao longo de milhões de anos. Nesse caso, o homem se adequa a partir de suas necessidades, no espaço em que vive, com seus êxitos, suas frustrações, seus medos, seus erros e acertos, numa constante luta pela sobrevivência. Por outro lado, o austríaco, Sigmund Freud, mostrou que além daquilo que o homem percebe de imediato, quando ele se depara diante dos fatos - algo mais profundo domina e dirige as suas ações. O que seria isso? O inconsciente, algo que acontece nas mentes das pessoas, com mais força que aquilo que é entendido pela consciência. Ou ainda: há um conjunto de dados dominantes, armazenados nos cérebros dos humanos que estão escondidos e em condições de difícil remoção. Enquanto isso - o alemão, Karl Marx, retratou as relações humanas em um mundo político e econômico, afirmando que as pessoas são dominadas a partir de um grande jogo de interesses, no que ele chamou de ideologia.  Qual seja: aquilo que as pessoas acreditam ter uma força de verdade, nada mais é que um conjunto de idéias, coerentes entre si e que no seu todo fornecem uma concepção de mundo própria, mas que pode estar escondendo um sistema de dominação social. O homem que se afastou da magia medieval teve o seu eu impactado por uma nova realidade: o racionalismo moderno. Nesse novo mundo, ele não tem mais um grande pai a quem possa recorrer nos momentos difíceis. Alem disso, esse homem percebeu que já não domina os entendimentos de sua própria existência e, nas suas relações com os demais humanos, ele percebeu que já não sabe mais o que de fato há por trás das ações de cada pessoa.

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