quinta-feira, 10 de julho de 2014

A Mão Esquerda de Deus

Sempre se soube que o ser divino das três religiões do deus único, Cristianismo, Judaísmo e Islamismo, denominado Jaweh, celebrado como onipotente, onisciente e onipresente é, para os cristãos, uno e trino; divisão essa feita em Pai, Filho e Espírito Santo. E assim, conforme prega a Teologia - pelo menos a da maior parte das divisões do Cristianismo - o Filho, quando retorna à morada celestial, senta-se "à direita de Deus Pai todo poderoso".  O ser que fez tudo, que está em volta da humanidade, os oceanos, as montanhas, o sol, as estrelas, todas galáxias e os próprios humanos, como suas criaturas, chamam-no de Pai. A seguir, vem o que as teologias declaram  apenas como, mistério: um dia o "verbo se fez carne", ele mesmo veio a terra combater a iniqüidade praticada pelos humanos e, por isso, tambem chamam-no de Filho, mas lembram sempre que este ser divino ainda se manifesta entre suas criaturas, só que agora a manifestação é como Espírito. Sendo assim, pode-se estabelecer politicamente - conforme conceitos forjados na  Revolução  Francesa: Jaweh posiciona-se como centro que pode se manifestar como Filho que o estabelece como sua direita e como Espírito, que estabelece como sua esquerda.  Este é o tema central do livro de Adolf Holl, A Mão Esquerda de Deus - Uma Biografia do Espírito Santo; uma história das manifestações  espirituais, da festa de Pentecostes na Palestina ás manifestações pentecostais em árias seitas cristãs atuais e mesmo em religiões históricas, passando pela festa católica do Divino, pelo kardecismo e pela umbanda.  Na política a direita quer a perpetuação das coisas do jeito que estão colocadas, centro - pode pender para um ou para outro lado e a esquerda, uma tendência a busca de mudanças. Se o espírito é a mão esquerda de Deus a intervir nas ações humanas, auxiliando e corrigindo-os, diante de suas tarefas mundanas, a esquerda política se caracteriza pela interferência social em buscando melhores condições para a vida humana. Enfim, está estabelecido uma relação direta entre a trindade divina, Pai, Filho e Espírito Santo e as posições políticas de centro, direita e esquerda; só lembrando, a tradição mostra o Espírito Santo representado por uma bandeira vermelha.

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