segunda-feira, 28 de julho de 2014
Estado, Pátria e Nação
Para se constituir um país, ou uma sociedade complexa - como alguns preferem - é necessário a composição de três elementos: o estado, a pátria e a nação. Três elementos iguais em importância e inseparáveis na formação de qualquer civilização. Alguns falam de povo, mas este é apenas um aglomerado de indivíduos, sem algo que os ligue; afinal, um grupo de pessoas, vindas de lugares diferentes pode ser um povo, mas sem identidade.
O primeiro destes elementos é a pátria, o chão onde se está localizado, uma parte do planeta em que cada pessoa nasce, vive e morre. Um indivíduo, como ser material que é, ocupa um lugar no espaço e com ele se relaciona, se identifica e se diferencia. Aliás, homens e mulheres que vivem como beduínos no deserto árabe, são diferentes dos esquimós que vivem na calota polar.
A seguir, vem a nação, uma população com identidade étnica e cultural, o elemento primordial na formação de uma sociedade, mas que resulta em uma extrema complexidade, dificultando a compreensão. Por identidade étnica se quer dizer pessoas com algum laço de parentesco e daí, a semelhança física; por identidade cultural, se diz de um grupo com uma mesma tradição religiosa, lingüística e um sentimento de unidade. Alguns generalizam e chamam por nação qualquer grupo de pessoas em um país, mas é uma definição deficiente; elementos humanos, um do lado do outro, sem qualquer identidade, não podem ser definidos como nação.
Por fim, o terceiro elemento se resume ao estado: uma estrutura político-jurídica autônoma, onde se inserem os poderes constituídos em uma sociedade moderna: a constituição e toda a legislação, de um modo geral. Entretanto, o estado não se resume a uma estrutura legal, é preciso se levar em consideração tambem a cultura política de um povo, formada no desenvolvimento da sua história.
Certamente que o estado é tão importante num debate desta natureza, como é o chão em que a sociedade está plantada, quanto é a própria idéia de nação. Mas alguns legisladores e juristas elevam o conceito para além da estratosfera do aceitável e convencionam-se a escrevê-lo com a primeira letra em caixa alta, ou letra maiúscula - Estado, como se isso o elevasse; do mesmo modo como se escreve a palavra Deus.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário