quinta-feira, 4 de setembro de 2014
O Poder, Entre o Querer e o Saber
Muito tem-se perguntado sobre o motor que carrega os destinos da humanidade por todos os tempos. Onde reside a força que impulsionou esses seres vivos a pularem dos galhos, largarem seus rabos, passarem a andar sobre as patas traseiras e inventarem de pensar? Seria essa uma força de origem transcendente, um ser extra-mundo que assim determinou, um grande pai formador, um motor inicial?
É uma dúvida que - desde os primórdios dos tempos - ferve nos corações e mentes desses bichos que se autodenominaram, humanos. Se não buscarem as respostas em um ser transcendente, resta a esses humanos encontrá-las em suas próprias capacidades pessoais: o poder, o saber e o querer. Seriam estes os conceitos que, quando conjugados, se tornam instrumentos inabaláveis de profundas forças de transformações mentais, físicas e socais?
Certamente que havendo um deus como motor inicial - ou não - a verdade é que os imensos impérios, as grandes descobertas cientificas e as maiores peças de arte, só surgiram porque, em algum momento, esses três fatores - esses três conceitos, assim o impulsionaram. Alexandre - o grande, queria expandir seu território, ele sabia o que fazer com suas imensas falanges macedônicas e tinha as condições necessárias para assim proceder.
Ou, por outro lado, se apenas um desses verbos existir isoladamente, causará a esse pobre humano, uma grande frustração. Sim, de nada vale o controle social e político, se não souber como agir e mesmo ter um motivo para a ação; assim como de nada vale um querer, isolado de um saber e do domínio das condições para assim proceder.
Desde Michel Foucalt, se sabe que o poder se manifesta em todos os grupos humanos, desde os pequenos grupos - o que ele chama de "micro-física do poder" - aos grandes grupos nacionais. Então, este nada mais é que a capacidade de agir sobre as condições que estão dadas: política, social e cultural, mas de nada vale, se nao conjugado com o querer e o saber; alias, de nada vale se pensado isoladamente. Assim, pode-se afirmar que há uma consignação direta entre o poder e seus dois sustentáculos, o querer fazer e o saber fazer, sem eles toda sustentação desaparece.
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