quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O Natal e o Nascimento de Um Deus

A tradição ocidental, vivida através dos anos, unida aos escritos do livro sagrado dos cristãos, dá conta de que há dois mil anos um menino nascera e com ele a redenção da humanidade. Conta-se ainda que esse menino seria o próprio Deus, o ser que fez o céu e a terra e tudo que há no universo. Seria aquele que Santo Agostinho, ao interpretar Aristoteles, disse ser o motor inicial; seria ele o verbo ser, o que se fez carne e nasceu entre as pessoas. Entretanto, uma versão paralela dá conta de que a data é uma tentativa de adequar uma possível comemoração do nascimento do deus cristão a uma antiga festa pagã em honra ao deus do sol, Hélio. A história das religiões dá conta ainda de que, já no antigo Egito, a deusa Isis, conhecida como rainha do céu, dera luz a um deus numa data que se identificaria com a de 25 de dezembro do calendário gregoriano. Outros dois pontos interessantes a serem levados em conta na história do nascimento do deus-menino: um, a tradição de se realizar festas como comemoração da data em que se faz aniversario e, dois, o ato de presentear aquele que completa mais um ano. Conta-se que os reis persas, há muitos séculos antes de Cristo, teriam sido os precursores na realização de festas por conta de seus aniversários, ocasião em que seus súditos costumavam darem-lhe presentes. Esse é o ponto inicial, os elementos básicos, para a fundação de uma fé que transcendeu as suas raízes judaicas e que entranhou até a essência da cultura ocidental, marcando sua ética, sua ciência e sua filosofia. Nos dias atuais é possível se ver festas natalinas por todo os cantos da Terra - da Europa a África, da América a Ásia, mesmo em povos cujas religiões nao lembram o nascimento de um deus salvador. Enfim: se um dia surgira na terra um deus que viera para redimir a humanidade de seus pecados, se a data é correta ou não, torna-se irrelevante para o crente e para o incrédulo: para um basta a fé, para outro, nada justifica. Mas é preciso que se leve em conta algo que será elemento forte nessa dicotomia, o espírito das pessoas no período que envolve o Natal: para alguns, é uma época importante para o aumento nos ganhos, ou de receber presentes, para outros é um período em que começam as férias e, para outros, um momento de introspecção e comemoração ao nascimento do verdadeiro Deus. 

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