quinta-feira, 14 de maio de 2015

Alexandre: Um Começo é Um Fim

Após planejar sua inovadora arma de guerra, Felipe II da Macedônia, iniciou o que seria o maior empreendimento bélico conhecido em toda a sociedade antiga. Iniciou ele, mas não foi muito longe. Com a sua morte, subiu ao trono seu filho, o jovem Alexandre, aquele que seria lembrado na posteridade como o magno, ou o grande; aquele que se tornaria um dos maiores imperadores e generais de toda história humana. A grande arma dos macedônios que possibilitaram as conquistas era o posicionamento de soldados em uma longa fileira, armados de lanças muito compridas, posicionadas de forma a impossibilitar a aproximação do inimigo. Essa tática da guerra, em particular, ficaria conhecida na história como a Falange Macedônica. Foi assim que Alexandre, o Grande, e seus generais invadiram cada povo que encontraram, subjugando-os; saqueavam tudo, desde alimentos, depósitos de ouro, a joias e até pergaminhos com textos de pensadores da região. Num primeiro momento Alexandre unificou toda a Hélade, a seguir invadiu a Ásia Menor e toda a região da Capadócia; desceu até a Fenícia, a Palestina e a Síria. Seguiu para o Leste, em direção á longínqua Pérsia, onde subjugou Passárgada e Persépolis, destronando o grande imperador Dário e conquistando a belíssima Estatira. E assim continuou ele a sua saga de conquistas, quase alcançando a Cachemira, quando finalmente encerraria suas ações, morrendo aos 32 anos de idade em 323 aC. O grande imperador morreu, mas quase nada fez por sua terra natal, preferiu criar a distante cidade de Alexandria, com seu Farol, seu Museu e sua Biblioteca no Egito, litoral do Mediterrâneo, para onde eram levadas as obras literárias saqueadas por seus generais nessas andanças. Conta-se que Alexandria tornara-se o grande centro intelectual do passado antigo, com pensadores oriundos até da Índia e da China. Mas como tudo na vida um dia fenece, a grandeza de Alexandre Magno teve um começo, um esplendor e um fim. O grande general padecera violentamente de uma estranha febre que até os dias de hoje tem provocado os maiores debates de historiadores. Morreu Alexandre, o grande general invasor, o grande líder conquistador. Os frutos de suas incontáveis vitórias agora jazem inertes; fechou-se um ciclo. Após muitas disputas, os territórios invadidos foram distribuídos por seus generais, mas que logo os perderam ou seus descendentes os perderam.

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