segunda-feira, 20 de abril de 2015
Santo Agostinho, o Doutor da Igreja
O que poucos sabem é da importância de Santo Agostinho, o grande pensador do norte da África, para a sedimentação do pensamento cristão e do mundo ocidental de um modo geral. Antes dele os pensadores cristãos - chamados padres da Igreja - tateavam sobre os escritos dos evangelistas tentando dar um sentido à fé cristã, mas o que conseguiam era apenas elaborar textos apologéticos, louvações, ao mestre Jesus.
Aurélio Agostinho nasceu no norte da África - atual Argélia, e viveu entre os anos de 354 e 430. Contam seus biógrafos que era filho de família abastada, desde cedo fora posto para conhecer as primeiras letras e quando na juventude tivera contato com diversas correntes filosóficas de sua época como, o maniqueísmo, o neoplatonismo, o estoicismo e o gnosticismo. Alem disso, sempre se fala de sua vida de gozo e diversão na juventude, a fascinação por sexo, sua concubina e seu filho.
Numa das suas viagens a Itália, centro do Império Romano, em Milão, ouviu as práticas do bispo Ambrósio e, para felicidade de Mônica sua mãe, que era cristã, se converteu ao Cristianismo. A partir daí põe todo seu conhecimento filosófico a serviço da Igreja, desenvolvendo uma abordagem original, com uma variedade de métodos e perspectivas que dava uma lógica para a teologia cristã. Acreditava ele que a graça de Cristo era indispensável para a liberdade humana e ajudou a formular a doutrina do pecado original.
Ao perceber que o Império Romano do Ocidente começara a ruir, escreveu A Cidade de Deus onde desenvolveu o conceito de Igreja Católica como uma Cidade de Deus, distinta da cidade terrena e material. Esse texto estava também intimamente ligada ao segmento da Igreja que aderiu ao conceito da Trindade Divina como fora postulado pelo Concilio de Niceia e o de Constantinopla.
Agostinho afirmara que Platão fora um enviado de Deus para antecipar a verdadeira filosofia que viria mais tarde, o Cristianismo. Acontece que ele transformou a teoria dos dois mundos de Platão em um sentido lógico para o Cristianismo: o mundo sensível passara a ser a terra e o mundo das ideias o céu; se para Platão o filósofo consegue acessar o mundo das ideias, para Agostinho quem consegue acessar o céu é o santo.
Atualmente na Igreja Católica e na Igreja Anglicana, Agostinho é venerado como um Santo, um Doutor da Igreja. Sua festa é celebrada no dia de sua morte, 28 de agosto. Mesmo protestantes, especialmente os de origem calvinistas, consideram Aurélio Agostinho como um dos pais teológicos da Reforma Protestante devido às suas doutrinas sobre a salvação e graça divina.
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