quarta-feira, 26 de julho de 2017

O Capitalismo, Seu Fim?

O sistema econômico capitalista é um regime social baseado, fundamentalmente, na acumulação de capital e tem sido um divisor de águas, na história política da humanidade. Um dia abriu confrontos terríveis entre liberais e absolutistas - os primeiros eram revolucionários e, os outros, os reacionários; depois, os antigos liberais viraram reacionários que, então, passaram a reagir às tentativas revolucionárias dos socialistas. Alguns sociólogos, cientistas políticos e economistas tentam entender porque esse regime emplacou no Ocidente e cresceu até tomar conta de todo o Planeta, de modo que as civilizações atuais ou estão totalmente imbricadas com o regime ou, de alguma forma, são dependentes dele. A explicação mais plausível é de que sua sustentação está calcada no egoísmo, um dos piores defeitos da humanidade, a competição com tudo e com todos, na eterna busca por satisfazer as suas próprias necessidades. Mas entre as mais cruéis realidades sociais produzidas pelo regime capitalista, decanta-se alguns pontos relevantes, como a concorrência, por exemplo. A mesma disputa, alojada na essência do sistema econômico, tem feito a humanidade dar a sua vida pela busca desenfreada por mais e mais enriquecimento, mas também é o seu pior defeito, ponto vulnerável, que pode levá-lo sucumbir. O egoísmo é mesmo algo iminentemente humano e as pessoas que não o são, só não o são por um movimento de força contrária, muito forte, na vontade de ir ao encontro da necessidade do outro. Acontece que o regime produziu uma ideologia que potencializa grandemente essa preocupação consigo, esse narcisismo, e encima disso construiu uma maneira de ser e de agir que caracterizou o mundo moderno. No entanto, é esse mesmo pensamento egotista, de busca da competição, de se pensar como único, que acabou construindo o ponto falho do regime econômico, político e social. Como há uma necessidade constante de crescimento, como base de sua sustentação, depois de crescidos os competidores acabam disputando entre si e, numa autofagia constante, se auto destroem. Como todo e qualquer regime social, o capitalismo necessita do maior consenso político possível, as pessoas precisam acreditar que o caminho é esse, por isso constróem-se as ideologias que são mantidas e alimentarás pelos grandes sistemas de comunicação. E aí, com o acirramento das competições, inevitavelmente uma voraz autofagia de todos os controladores surge no processo de produção e haverá uma constante destruição de todos contra todos e o fim do sistema parece inevitável. Dobras, Franjas e Platôs

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