segunda-feira, 31 de julho de 2017
Os Estados Undos e a América Latina
Há algumas décadas o mundo estava bipolarizado, eram os tempos da Guerra Fria. Mas, depois, outras potências foram se posicionando no tabuleiro político e se tornaram também de extrema importância para a configuração mundial. Mesmo assim, nos tempos atuais, de múltipla polarização, de uma forma ou de outra, não se pode falar da história mundial sem se referir aos Estados Unidos da América.
Baluartes do regime capitalista, esse país impôs ao mundo a sua versão, unilateral, de moda, de arte, de fazer política e até de expressão religiosa; e faz isso de modo muito subliminar, de maneira que passa despercebido as verdadeiras intenções. E o resultado é configuração mundial como se o planeta fosse comandado a partir de um neo-colonialismo, agora muito mais cruel e articulado, de forma tal que não se tem muitas maneiras de fugir. Parece que todas as portas da realidade desses tempos levam a um enaltecimento aos "irmãos do Norte".
Nessa força de dominação figura a parte da América que é chamada de Latina que, por força dessa situação, já perdeu a condição de americano e chama mesmo aos estadunidenses de "americanos" - como se eles próprios não fossem - e consomem os produtos daqueles país como sendo, por si só, o melhor. Nessa condição, ser dos Estados Unidos é quase uma marca. Os idiomas Português e Espanhol podem ser falados com erros, mas ninguém pode se atrever a errar o Inglês, pois isso será uma situação vexatória. Se aparecer por essas bandas alguém que, por ventura, carregue um sotaque do idioma daquele país será, de imediato, apreciado e agraciado por essa simples razão.
Certamente que s Estados Unidos da América é uma potência econômica e militar mundial e por isso se impõem aos demais países. Nada mais natural, já que muitos povos tem isso como ponto a ser buscado. Os países negociam entre si, trocam seus produtos, compram e vendem. A questão posta é os povos se subjugarem de forma tão fácil, gratuita e reforçada por elites locais que são privilegiadas com essas condições.
Esse modo de dominação é uma espécie de um novo escravagismo, agora sem algemas, sem ferros, mas com tendências e pensamentos que penetram na alma das pessoas e se impõem de forma não aparente. Mas dominadora. Acontece que quando um povo declina de sua própria cultura e assume a do outro como sua, ele entrega a própria vida como o condenado sobe ao patíbulo e entrega-se á morte; com a diferença que, nesse caso, louva-se o carrasco e beija-lhe a mão.
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