quarta-feira, 2 de agosto de 2017
O Saber: a Filosofia e a Ciência
O que é Filosofia? O que é ciência? Podem as áreas humanas serem encaradas como ciência? Sendo ciência tem-se, de imediato, o estatuto da verdade? Essas são questões elementares para o debate epistemológico. Nas academias muitas afirmações e negações são dadas a todo o momento sem muito êxito e o senso comum traça entendimentos cada vez mas distantes de um entendimento plausível.
Num primeiro momento se pode afirmar que se filosofia quer dizer "o amor ao saber" a ciência, por sua vez, se pretende ser o próprio saber. Para alguns, a Filosofia é uma áreas das ciências que volta-se para os saberes abstratos, metafísicos e as ciências para as coisas concretas, com as buscas empíricas etc; para outros, são ciências apenas as áreas próximas à Física, à Biologia e à Química, aquelas que se pretendem instrumento de um conhecimento absoluto.
Não se pode aqui querer determinar, de forma terminal, o que é uma coisa ou outra, mas traçar alguns pontos que contribuam para o entendimento do fenômeno em questão ou, no mínimo, que contribua para o debate epistemológico. Nesse despretensioso enunciado de "amar o saber", a filosofia pode ser entendida como o grande guarda-chuva das sabedorias humanas, abrigando as várias disciplinas que se interligam na tentativa de, cada uma nos seus setores, entender os fenômenos da natureza.
Sob esse guarda-chuva, posiciona-se em um extremo a Física, a ciência princípio e, no outro extremo, a ciência fim, a Sociologia; a primeira sintetizadora das buscas que se pretendem exatas, já a segunda, as que se pretendem compreensivas. E entre a Física e a Sociologia, gravitam, todas as outras, mais próximas de uma ou de outra, com características que mais se identificam com uma ou com outra.
Na sequência desses saberes estanques, a Filosofia procura preencher os vãos deixados entre um setor e outro; por exemplo: existe uma ciência chamada biologia e outra chamada antropologia que são distintas, mas que se completam e se auxiliam. No entanto, na relação entre elas existem pontos brancos, hiatos, que nem o antropólogo se dá conta da importância, nem o biólogo. É nesse caso que a filosofia, na sua totalidade, acaba preenchendo os espaços deixados pelos inúmeros saberes, mesmo que as academias formem outros e sempre mais outros. Sem duvida que, com o surgimento de sempre outras descobertas exigirá mais e mais do filosofo na tentativa de abraçar esse ideal de totalidade na construção de novas respostas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário