sexta-feira, 14 de abril de 2017

Em Busca da Felicidade

Uma preocupação insistente que tem atormentado filósofos, psicólogos, sociólogos, historiadores e antropólogos é o de saber que fenômeno move as pessoas em suas lutas pela existência. O que move o mundo? Se para alguns tudo gira em torno de um pensamento de re-ligação com o ser divino, ou de abandono das coisas materiais, em um busca constante de forças espirituais, para outros, o segredo está na força econômica e nas conseqüentes lutas entre de classes. Para Epicuro, um pensador grego da ilha de Samos, que viveu entre os anos 341 e 270 aC, o que move os homens nas suas lutas pela existência é a eterna busca pelo prazer, por um caminho que conduza sempre à felicidade. Era o hedonismo, um nome que se deu a essa corrente que pregava a constante busca pela felicidade. No entanto, a sua interpretação como aquilo que move a humanidade é visto com mal-olhos por muitos, como se fosse um ensinamento que prega o abandono ao regramento e que defenda a entrega aos prazeres de forma inconseqüente. Não. O hedonismo diz que, queiram ou não, as pessoas estão eternamente em busca da felicidade, em busca de prazer e, conseqüentemente, fugindo de infelicidade. Se buscam dinheiro pensam que esse objeto pode trazer-lhes felicidade, se procuram deuses, esperam que através deles possam ter neles a paz, esse prazer, e assim por diante. Pensam em viagens, compras, estudos etc., sempre entendendo que, com isso, podem encontrar a felicidade. Mas isso não deve ser entendido como algo terrível, pelo contrário, as pessoas devem mesmo viver uma eterna busca do prazer, da felicidade. Mas o que devem fazer é agirem com sabedoria para que esse prazer seja o mais profundo e duradouro possível; não pode acontecer a partir de algo que proporcione um prazer imediato e que vai desencadear um sofrimento em uma longa duração. Para Epicuro, todas as ações humanas são dirigidas na busca da própria felicidade sempre, mesmo quando se pensa em fazer uma boa-ação. Ou seja: a pessoa faz uma obra de caridade, crente que faz o bem para alguém, e até o faz, mas o motor principal, que o comanda, é a sua própria felicidade. Depois da ação feita a pessoa sente um regozijo, um forte prazer por ter realizado algo que acredita ser importante; ou seja: a pessoa fez algo em seu benefício, em busca de prazer.

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