quarta-feira, 26 de abril de 2017
Em Decadência o Capitalismo e seu Construto, o Estado Moderno
Economia de mercado já se evidenciou, há mais de 2000 anos, entre os fenícios que saiam mar a fora comprando e vendendo ao longo do Mediterrâneo, mas o capitalismo moderno - tal qual se percebe nos dias de hoje - tem seu início ainda na Idade Média, nos tempos das Cruzadas e, atualmente, dá as linhas políticas, religiosas e culturais por toda a modernidade. A chamada acumulação primitiva de capital aconteceu quando os cruzados, ao retornar da Terra Santa, traziam para a Europa especiarias, tecidos e utensílios que fascinavam os europeus.
Mas, muito diferente do que alguns entusiastas consideram, o sistema capitalista de produção teve uma data de nascimento e tem um prazo de existência e, nos momentos atuais, já demonstra sinais de fadiga. A sua demonstração de fraqueza é inerente às suas características essenciais como a contínua ingerência nas ações do estado, a necessidade constante de inventividade, a necessidade de crescimento contínuo, a importância de um aumento constante de lucratividade etc.
Alias, nesses tempos, chamados por alguns de pós-modernidade, se percebe a decadência do estado que um dia fora feito e refeito para aconchegar o capitalismo necessitado da segurança das lei para seus empreendimentos. O chamado estado nacional, ou moderno, feito a imagem e semelhança das necessidades da burguesia dos séculos 17 e 18, então classe em ascensão, foi invadido de vez pela voracidade do próprio sistema econômico e sua decadência começa a ficar clara.
O que se quer dizer é que naquilo que a economia não afetou pelas entranhas do estado, corrompendo os agentes condutores da máquina burocrática, afetou-os ideologicamente, ditando preceitos e tendências que interferem nos modos de condutas. Com a atual decadência do sistema econômico estremece também o estado moderno com suas divisões de poder, o seu conceito de democracia e toda a racionalidade burocrática que lhe são inerentes.
Para onde tudo se encaminha? Alguns pensadores se dão ao trabalho de fazer prognósticos falando do fim do capitalismo, de novos modos de produção, de novas estruturais sociais. Tudo são apenas prognósticos. Tudo subjetividade. O que parece claro é que há uma lógica de que tudo que um dia nasce, um dia morre e que, por isso, as mudanças são inevitáveis; e já se vislumbra no horizontes novas concepções de mundo, novos modos de agir e novos tipos de relações humanas.
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