quarta-feira, 25 de maio de 2016
Darwin, Freud, Marx e a História do Pensamento
Todos os grandes estudiosos se inscreveram na história a partir de suas contribuições científicas, políticas e filosóficas, mas foram três deles que mudaram, substancialmente, o pensamento humano: Charles Darwin, Sigmund Freud e Karl Marx. Por mais que os magistrados, os sacerdotes e os professores dos diferentes períodos da história, emitissem os seus pareceres, pensando saberem o suficiente sobre si e sobre todos a sua volta, foram eles que mostraram haver muito mais do que se costuma pensar.
Cada um deles, a sua maneira, mostrou que aquilo que as pessoas aprenderam sobre a sua própria existência, é pouco; ou, dependendo do ângulo que se observa, é quase nada. Durante todo esse tempo a humanidade viveu pensando saber o suficiente de si, dos seus próprios saberes, de suas vontades e de todos a sua volta.
No entanto, quando Darwin estudou as origens das espécies de seres vivos, percebeu que as coisas não poderiam ser assim tão facilmente entendidas, pelo menos não assim como se explicava até então. Ele percebeu que na constituição das espécies se apresentavam as possibilidades de uma evolução desde os tempos remotos até os dias atuais; com isso, mostrou uma explicação viável sobre a origem das espécies e, conseqüentemente, dos próprios humanos. O problema é que, com sua explicação, fez cair por terra a noção teológica judaico-cristã criacionista em vigência que prega ser todo o universo fruto da vontade de um ser onipotente.
Por outro lado, Freud mostrou que a mente humana funciona, para além do já conhecido consciente, como uma dimensão a mais, o inconsciente. Nesse caso, as pessoas vivem o seu dia a dia e guardam, conscientemente, em suas memórias, tudo que fizeram, viram, ouviram, tocaram, sonharam etc. No entanto, é na dimensão do inconsciente que alguns pontos ficam guardados e que, provavelmente, ficarão para toda a vida. Acontece que tais pontos serão os motores principais das vontades, dos medos e das frustrações do indivíduo. Ou seja: além daquilo que lhes aparece naturalmente – há, no subterrâneo da mente, um conjunto de impressões muito mais fortes, determinantes e por vezes desconhecidas.
Por fim, Marx mostrou que, por mais que as pessoas pensem que fazem ou agem politicamente de forma voluntaria, fruto de sua vontade autônoma, podem mesmo é estar atendendo a um chamado ideológico de uma parcela dominante da sociedade. Isso porque, se ideologia se refere a um conjunto de idéias articuladas entre si, definindo uma noção de verdade, significa, então, que aquilo que as pessoas acreditam ser sua verdade pode ser apenas um jogo com objetivos de dominação.
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