segunda-feira, 2 de maio de 2016
História: Entre o Panteão e a Lata do Lixo
Uma das ciências mais antigas já criadas pela humanidade é a história, cujo termo que a designa é de origem grega, ἱστορία, e que, literalmente, significa a pesquisa ou, o conhecimento advindo da investigação. Modernamente, filósofos da história dizem que essa é a ciência que estuda o homem em sua ação no tempo e no espaço ou, a análise dos processos e eventos ocorridos no passado.
O termo história também pode ser qualificado como toda a informação do passado que teria sido requerida, ou arquivada, em qualquer língua, por todo o mundo, em registros de toda ordem. Acontece que esses registros são interpretados, a luz da razão, por historiadores, sociólogos, antropólogos e cientistas sociais de um modo geral.
Foram essas interpretações, ao longo dos tempos, que construíram os grandes vultos, verdadeiros semideuses, e os grandes eventos que entraram para o panteão da historiografia dos povos ou, por outro lado, as personagens malditas, aquelas que foram direto para a lata do lixo da história. As pessoas, nas suas lutas pela sobrevivência, trabalham e se relacionam umas com as outras e, ao fazerem isso, constroem suas histórias, mas quando os povos vindouros estudarem a historiografia que retrata o dado momento, estudarão o que fora interpretado pelos estudiosos das sociedades.
Acontece que as ciências sociais são por demais vivas, refeitas a todo instante, repensadas a cada momento, e as ações mal intencionadas dos grandes líderes, praticadas contra os povos, ou contra as minorias – história de preconceitos e prepotências - mais cedo ou mais tarde serão expostas como cânceres sociais a serem extirpados. Fora assim com reis, faraós, césares, ministros, congressistas, conselheiros e homens públicos de um modo geral, que em vida acreditaram que passariam imunes e ainda receberiam recompensas póstumas, mas tiveram o que mereceram pelos historiadores e cientistas sociais.
As falcatruas, as conversas de pé de ouvido e todas as tratativas de alcovas que se pratica crendo que passarão incólumes, serão descobertas e expostas nos tempos vindouros. Ninguém ficará despercebido nas suas ações para sempre, mesmo que se safe em vida: um dia será descoberto. Acontece que a ciência da história é implacável com os trapaceiros, os mentirosos, os golpistas e toda a sorte de enganadores; os seus nomes serão manchados de modo que os descendentes terão vergonha de se apresentarem com o mesmo nome de família.
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