sexta-feira, 15 de julho de 2016

A Segunda Guerra e o Tripé Ideológico

Um tema que, mesmo tanto tempo depois, permanece obscuro nas discussões históricas e políticas, são os motivos que levaram o mundo à primeira e à segunda guerra, bem como suas ideologias implicadas e os interesses econômicos envolvidos. Para entender seria necessário, alem do conhecimento histórico, econômico e cultural, também os conceitos políticos de direita, esquerda, estados totalitários e autoritários. Primeiramente é preciso saber que os membros participantes do grande teatro de guerra que marcou a o século 20 foram três: os socialistas, os fascistas e os imperialistas. De um lado estavam os primeiros dessa lista - um grupo composto dos países da União Soviética, do outro, a Alemanha, a Itália, o Japão e, por fim, do lado, estavam os Estados Unidos, Inglaterra e França; lembrando que todos contavam ainda com países sob suas influências. O circo armou-se ainda no século 19, quando países passaram a ser chamados de imperialistas devido às suas políticas expansionistas, de exploração da matéria prima e mercado consumidor para além de suas fronteiras; na mesma época que outros, entravam em luta armada com o propósito de fazer uma revolução socialista. Nesse período, mesmo prezando por uma economia de mercado, mas desconfiados dos encaminhamentos de um capitalismo liberal que dominava os mais variados mercados pelo mundo a fora, posicionavam-se contra os outros dois os então chamados fascistas. Aliás, formava-se aí um tripé de países com posições econômicas, sociais e políticas antagônicas entre si. No princípio, mesmos desconfiados entre si, os grupos celebraram os acordos mais variados: os ingleses fizeram uma série de pactos com Berlin e Roma, Moscou celebrou tratados com Berlin e Londres etc; mas a verdade é que ninguém estava interessado em obedecer os tais acordos. No fim das contas, com a segunda guerra em curso, prevaleceu a aproximação entre socialistas e imperialistas, ou seja: Estados Unidos e Inglaterra (a França estava completamente tomada) se aproximaram da Rússia e suas repúblicas soviéticas, com o intuito de vencerem o inimigo comum, Alemanha, Itália e Japão; uma frase do primeiro-ministro inglês a época, Winston Churchill, caracteriza bem essa realidade: “Se Hitler invadisse o inferno, eu faria pelo menos uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Deputados”. Enfim, os derrotados foram os fascistas com suas políticas nacionalistas de limpeza étnica, levando os vitoriosos a repartirem entre si os territórios de influência e, no final do grande evento, ditarem ao mundo as suas verdades.

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