sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Jesus, a História do Deus-Único
A ideia de um deus-único, que tenha feito o céu e a terra e tudo o que nela há, tem hora e local muito bem definido na história da humanidade. Relatos, historicamente comprovados, dão conta de que os povos da região do Crescente Fértil, na Idade Antiga, eram inúmeros grupos nômades e seminômades a disputarem um melhor lugar para se fixarem. Cada povo com suas tradições, línguas e organização social própria, sempre se dirigiam ao Egito quando a fome tomava conta de seus integrantes e alguns eram mesmo escravizados em troca de comida.
Acontece que os egípcios já tiveram, anteriormente, uma experiência de deus-único quando, no século 14 aC, o faraó Aquenatom impôs ao povo a adoração de apenas um deus, mas que não teve sucesso; após sua morte, os antigos deuses todos foram reintegrados ao grande panteão. O interessante é que os relatos indicam que povos de tribos irmãs, identificados como hebreus, deixaram o pais dos faraós para se estabelecerem em um território que haveriam de encontrar sob um governo de alguém chamado Moisés, o mesmo que liderara a caminhada.
Tudo leva a crer que as pessoas que o seguiram não tinham a convicção de adorar um único deus, já que é o próprio Moisés quem relata no seu Pentateuco que, ao subir para buscar das mãos de deus Jaweh - o único deus, as tábuas da lei, a multidão que lhe esperava no deserto confeccionara estátuas para adoração a outros deuses. Ele mesmo conta que nesse momento, como líder do povo, teria ralhado com todos que desviaram dos seus ensinamentos, mostrando que aquelas que estavam em suas mãos eram as leis do grande deus.
Após Moisés, outros líderes foram se sucedendo no controle das tribos, até que se separam, permanecendo coeso um pequeno grupo comandado por Judá. Mas surgiu aí um grande problema, os povos da região tinham os seus próprios deuses, ou semi-deuses, ou ungidos de deus, governando os povos e eles - se questionavam: por que os judes não? Então, as autoridades eclesiásticas e os sábios do povo ensinavam que um dia o próprio Jaweh, o verbo, aquele que simplesmente é, se faria carne e habitaria entre o seu povo; e durante séculos esperaram
Mas eis que, um dia, um moço de trinta anos, chamado Jesus – mais tarde com um codinome em grego de Cristo, que quer dizer puro - surgiu entre eles fazendo maravilhas e sendo aclamado como o próprio deus, o próprio verbo encarnado; estaria, então, cumprida a profecia. Com a sua morte, uma parte do povo não o aceitou como deus e ainda hoje continua a esperar que um dia ele venha e, uma outra parte, seguiu os seus ensinamentos e comemora até hoje o nascimento, o sofrimento e sua a morte; esses são chamados de cristãos.
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