quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

As Duas Pontas do Capitalismo

O capitalismo se define como uma corrente de pensamento calcada na acumulação de capital. O capital, por sua vez, se define como cabeça (capta), a parte em dinheiro que é usado para o investimento e que, com as transações, deverá voltar para o investidor com alguma acumulação. Dessa acumulação se destinará uma parte para o sustento do investidor e a outra, para o aumento do capital. Mas, para que isso se dê, é preciso que a economia capitalista aconteça como um vetor de políticas balizadoras: o estado, as leis e toda a estrutura burocrática devem estar em consonância com esse pensamento de compra e venda de mercadorias. Não se quer aqui tocar no ponto das necessidades ideológicas - o fetiche do dinheiro, a disputa, a concorrência, ou a figura do herói - que tomam conta das mentes, impregnadas pelas instituições como igrejas, escolas, famílias, clubes etc; e que levam as pessoas a votarem em mais políticas voltadas para a acumulação de capital e todo o direcionamento das ações para mais acumulação. Mas é preciso que se leve em conta que se a economia dirige as ações do estado, dirige então a política das relações internacionais e, nesse caso, aparecem duas linhas básicas que caracterizam dois conceitos da Ciência Política, imperialismo e nacionalismo; dois pontos extremos em uma reta que a Matemática ensina: suporta os infinitos outros pontos. O primeiro a aparecer no mundo ocidental foi o nacionalismo em um momento que os primeiros capitalistas necessitavam que o espaço do seu comércio estivesse delimitado com impedimentos a investidores externos, além de regras claras que vigesse em um determinado espaço. O enriquecimento desses investidores, o crescimento econômico de alguns países e a saturação dos seus mercados internos levou-os a um anseio de que se abrissem as fronteiras; claro, o intuito era abocanhar novos mercados. Agora, essa nova fase, passava a ser chamada de imperialismo tendo em vista a sua necessidade de ampliar os tentáculos do mercado com políticas expansionistas. Essas duas pontas só têm em comum a necessidade de acumulação; no mais, um quer ampliar seus mercados para outros quintais e, para isso, desenvolve ideologias cosmopolitas, de acabar com as fronteiras, de globalização etc; mas por traz sustenta a exploração entre povos. Do outro, o capitalismo nacionalista tende a se fechar, impedir imigração, valoriza a terra (agora chamada de pátria), valoriza a raça, seus costumes, sua cultura etc. Em alguns casos, na luta pelo controle do mercado interno, esse protecionismo pode chegar a uma xenofobia por parte expressiva da população; isso é o fascismo.

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