segunda-feira, 15 de maio de 2017
O Jornalismo na Berlinda
Os veículos de comunicação social (jornais, revistas, rádios e televisões) que foram um fenômeno nascido no seio da modernidade, como instrumento da racionalidade, e ordenador das sociedades, nesses tempos atuais dão sinais de decadência. Mas é praticamente impossível falar dos chamados meios de comunicação de massa sem levar em conta os avanços científicos e tecnológicos atingidos pelas sociedades, as complexidades burocráticas, os novos tipos de lazer e até de comunicação.
Mas ao falar em comunicação social faz-se necessário falar de uma categoria que desde os primeiros tempos foi a responsável em fazer esse novo setor acontecer como profissão destemida na busca de provas, agindo com neutralidade e preocupação social e humanística. Alguns desses jornalistas, foram profissionais que chegaram a condição de grandes intelectuais premiados, respeitados em seus países e mesmo no exterior.
No entanto, num ciclo existencial, a comunicação social da era moderna ergueu-se como fenômeno que deu o ponto dos grandes eventos mundiais e vem caindo vertiginosamente a cada dia. Muita discussão tem sido feita a esse respeito, mas o fenômeno da comunicação social não existe em si mesma, quem faz o dia a dia do jornalismo, na turbulência das redações, são os profissionais em uma relação direta com a empresa jornalística e os fatos a serem noticiados.
Em outras palavras: a decadência da imprensa tem uma relação direta entre a sede de lucro, e necessidade de influência política, e a atitude de uma categoria que se submete aos caprichos das chefias a ponto de os donos das empresas jornalísticas não mais exigirem obediência. Talvez isso se deve pelas dificuldade no mercado de trabalho, mas também por uma insipiente passagem pela universidade; com uma fraca noção sociológica, política e antropológica, os jornalistas, em sua maioria, têm se mostrado uma categoria servil, parcial e, em alguns momentos, desonesta.
A categoria, nos anos 70, foi regulamentada com exigências de formação superior para a atuação e, posteriormente, foi desregulamentada para servir aos interesses dos grandes conglomerados de comunicação e tudo foi aceito passivamente; não há notícia de qualquer movimento contrário. Como resultado, profissionais de determinadas empresas jornalísticas incorporaram um discurso, em uma pratica jornalística, de defesa de teses ideológicas muito além das suas condições sociais, de modo que se tornaram reacionários a qualquer avanço social mais radicalmente que os proprietários dos meios de comunicação, de quem se poderia esperar.
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