quarta-feira, 31 de maio de 2017
Os Humanos, a Língua e as Sciedades
A língua é o principal veículo de comunicação, nascida com os humanos, responsável pela formação das sociedades e uma das mais importantes fontes de identificação; à frente mesmo das mas antigas identidades religiosas e territoriais. A partir dos primeiros grunhidos, dados de forma que levava o outro identificar como uma expressão da vontade de um emissor, os indivíduos se agruparam e se identificaram como parte de um todo. Só então surgiram as demais identidades culturais e, bem depois, com a sedentarização, a relação mais próxima com com o espaço territorial.
Se um povo depende de uma língua que o identifique enquanto tal, ela depende também de um povo para existir como idioma vivo; ou, para sobreviver como origem de outros idiomas. Um exemplo é o Latim, uma língua a falada na antiguidade pelo povo romano, que sobreviveu como língua culta por toda a Idade Média e hoje é morta; talvez possa se dizer que sobrevive em alguns compêndios de Direito e raízes de palavras de cunho científico, juntamente com o Grego e o Árabe, se é que isso se pode dizer sobrevivência.
O Latim vive sim, e forte, nas novas línguas como o Italiano, o Espanhol, o Romeno e o Português que nada mais são que o antigo idioma dos romanos alterado de acordo com as regiões para onde fora levado. Refletindo sobre isso o poeta português, Fernando Pessoa, teria chamado a língua portuguesa como "a última flor do Lacio", fazendo referência a uma região da península itálica, onde nascera o idioma.
Mas se uma língua é viva, significa que está se moldando a todo instante; as pronúncias e as entonações se alteram no tempo e no espaço, além de o nascimento de novas palavras e, às vezes, com sentidos estranhos. Os brasileiros, os angolanos e os moçambicanos, há muitos anos não falam mais o Português tal qual se fala em Portugal; da mesma forma os estadunidenses e os neozelandeses não falam mais o Inglês falado na Inglaterra.
Mesmo dentro de sociedades, instaladas em vastos territórios, falando uma mesma língua, os povos experimentam expressões diferentes de uma região para outra. Não muito raro, as pessoas são identificadas pelo que se chama de sotaque, com cargas de preconceitos de inferioridade ou superioridade. Um país como o Brasil, formado por pessoas de línguas tão diferentes como portugueses, africanos e índios, somando-se aos alemães, ingleses, árabes e japoneses criaram pequenos linguajares, pronúncias e entonações, as mais estranhas possíveis. Claro que nesse caso, a estrutura básica do Português permanece e a comunicação, alterada ou não, acontece.
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