sexta-feira, 2 de junho de 2017
Entre o Passado e o Futuro
A compreensão do passado muda a todo instante, os juízos que se faz, as medidas cm que se mede, assim como a expectativa para com o futuro mudam como mundão momento da existência. O que se entende hoje sobre a idade média é diferente do que se entendia há 100 ou 200 anos, assim como é diferente o que se entendia e esperava sobre a vinda das próximas gerações. Afinal, o entendimento que se obtém do que virá é diferente do entendimento que têm aqueles que estiverem vivendo sob o próprio instante e daqueles que viverão depois, já que tudo passa e os entendimentos sobre tudo se altera constantemente.
Ora, o passado não existe mais, porque já passou e o futuro também não, já que ainda não aconteceu. Nesse caso, o que é o presente, o instante, esse fio da navalha da existência que se pode chamar de momento? Já se disse que viver é estar, de alguma forma, relacionado a um momento, durante minutos, ou segundos, quando se experimenta algo relevante, diferenciado no entanto, desde que se começa a experimentar algo, logo esse início vira passado e o momento, que deveria terminar no futuro, também virará passado e tudo já não passará de memórias, fração de uma existência.
Nesse caso, se o momento não existe, se toda existência não passa de um caminhar continuo, menos que um momento, o presente, em sua infinita pequenez, não passa de um fio de navalha que separa o passado, do futuro. Sendo assim, como todos os seres que existem vieram do passado e terminarão no futuro, seus entendimentos sobre essas duas pontas da existência são transformadas continuamente, conforme essa navalha de corte (passado/futuro) segue.
Sendo assim, o instante da existência pode ser entendido como um constante alterar do pensamento que se tem do passado e do futuro. Culturalmente as pessoas são formadas no passado e fazem prognósticos para o futuro e querem que aconteça aquilo que entendem ser o certo. Acontece que nessa eterna passagem inúmeras ocorrências interferem para que as experiências vividas não aconteçam exatamente como se esperava.
Ou seja: vive-se a enfrentar as adversidades interpostas continuamente, seguindo o instante, de acordo com o que se entende do passado e do que se espera do futuro, conforme corre o fio da navalha. Isso quer dizer: aquele instante, que se percebe como ser da existência, é um passar constante, refazendo continuamente o entendimento que se tem de passado e que se espera pelo futuro.
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