domingo, 15 de janeiro de 2017
Pensamentos Separatistas
O Brasil foi formado a partir de grupos humanos organizados em núcleos urbanos e agrários ao longo de um território que foi mantido coeso sob a força de um poder central. Até pouco mais de 100 anos forças locais espalharam-se em lutas separatistas visando à formação de novos países, pequenos ou grandes, de acordo com o poder a extensão territorial e o tipo populacional estabelecido nas regiões.
Os pensamentos nesse sentido não se encerraram por completo e o grupo dos três estados do sul do Brasil ainda ensaia uma possível separação, mas agora sem qualquer pensamento factível. Primeiro: as pessoas que dizem defender tais idéias não possuem a dimensão de um empreendimento dessa natureza; segundo: bem ou mal, o País construiu um sentimento de unidade nacional o que dificultará imensamente qualquer tentativa de separação.
Para entender o que seria esse empreendimento no Brasil é preciso que se leve em conta as tentativas dos grupos, em todo o planeta, que lutam por emancipação política; é o caso dos vascos, dos curdos, dos palestinos e tantos outros. Atualmente, até alguns californianos, nos Estados Unidos, foram às ruas defendendo ideias separatistas; se não há uma diferença étnica acentuada, a tendência é que essas iniciativas aconteçam quando a economia dos países não esteja atendendo os interesses regionais.
Observando se percebe que não são plebiscitos, em que o povo diz se quer ou não, que dará a emancipação desejada, mas luta armada e que pode se arrastar por anos ou até décadas. E as pessoas que estão à frente desse movimento no sul do Brasil não parecem dispostas e nem com instrução bélica necessária para tal empreendimento; mesmo os cidadãos comuns que põem adesivos nos carros dizendo “o sul é meu país” têm a noção da mortandade que antecede um possível êxito separatista.
Em havendo sucesso, começam as lutas diplomáticas para o reconhecimento por parte dos demais países como um novo estado de direito, um estado como digno de respeito. Nesse caso, entram os interesses comerciais e políticos dos vários países; aquele que na sua geopolítica levar vantagem na fragmentação do Brasil dará apoio de imediato, mas os outros que levarão vantagem em um único bloco não reconhecerão.
O reconhecimento final ficaria com o próprio Brasil que poderia exigir para tal a cobrança dos gastos de guerra ou outros pontos que lhe couberem exigir. Finalmente, esse novo país teria que se consolidar internamente de modo que o grupo das lideranças que empreenderam a separação consiga legitimidade para se impor sobre o povo, para criar as leis e fazer justiça. Tudo isso, além dos mortos e feridos, leva tempo e prejudica a economia por anos, ou décadas.
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