Os cristãos acreditam que ao nascer os homens recebem um sopro divino e esse é o seu espírito que o animará até seu último momento, quando tal espírito voltará e ficará "no altar de Cristo a espera do soar das trombetas", "quando Jesus voltará para julgar os vivos e os mortos". Acontece aí que a ideia de poder viver em espírito com Deus, por toda a eternidade, o conforta - a existência continua.
Com os judeus e islâmicos não é muito diferente, há sempre a possibilidade de uma vida no pós morte. Nos pensamentos orientais há uma mistura de crenças em várias formas de vida no além túmulo e a aceitação da morte como algo natural e que pode não ser tão cruel como pensam os ocidentais.
Os espíritas são os que mais se confortam diante da própria morte e da de alguém próximo, pois crêem que os espíritos se encontram em algum lugar maravilhoso e podem voltar a essa vida terrena encarnados em pessoas próximas aos entes queridos de vidas passadas. Nesse caso, parece que a eternidade está numa constância de nascimento, vida terrena e morte, nada mais sendo que uma passagem para outra vida e assim subsequentemente.
Do outro lado dessas expressões religiosas encontra-se o ateu, aquele que rechaça qualquer possibilidade da existência de deuses, de vidas passadas ou futuras. Para ele, o que existe é apenas aquilo que se mostra aos sentidos. Nesse caso, a morte é uma transição cruel do existir para o não existir. Uma passagem para o nada. É simplesmente o existir que se confronta com o não existir, é um "ser ou não ser?" ou "o ser e o nada".
De qualquer forma os humanos vivem, mas o fazem com consciência; isso quer dizer: têm noção de que um dia surgiram e que um dia não mais vão estar ali - a não ser que suas crenças expressem a verdade. Mas o melhor mesmo é a aceitação da morte como algo natural; afinal, tudo um dia começou e tudo um dia terminará.
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