segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Partido Político
Apenas duas formas de gerir uma sociedade pairam diante do espectro da administração pública: só um indivíduo (um grupo, uma categoria) se impõe sobre os demais, ou se atua em coletivo, de uma forma participativa. O primeiro caso foi comum na antiguidade e veio até o início da era moderna, com governantes de poderes absolutos e legitimidade divina; o segundo, complexo e difícil de se manter, é o que se tem de mais grandioso da inventividade política humana.
Esse último caso ficou conhecido como processo democrático, em que cada indivíduo é um cidadão, porque é o próprio indivíduo é único que pode decidir por si mesmo e, em nenhum momento entrega o destino de sua vida às mãos de alguém ou de um grupo, em especial. Só que, para isso, faz-se necessário a organização social já que é inviável todos os membros da sociedade reunirem-se a decidir suas necessidades.
Aí surge o fenômeno partidário, como forma de escolher aqueles que vão representar o cidadão, chamado apenas de partido político. Esse nome se deve ao fato de ser uma agremiação que representa uma parte da sociedade com uma tal necessidade em pauta e que acabam se configurando nas bancadas parlamentares de deputados e senadores: sindicalistas, católicos, ambientalistas, evangélicos, gays, afro-descendentes, mulheres, índios etc.
Seus temas vão: da preocupação com o meio ambiente, ou o respeito às diferenças raciais e às práticas religiosas, até ao investimento em educação, cultura e defesa salarial. Alguns desses temas perpassam vários partidos políticos, outros, se caracterizam por serem opostos uns dos outros. Nisso se configuram o que chamam como partido de esquerda, de direita ou de centro.
A lógica é essa e uma democracia necessita disso para se atuar decisivamente na gestão de uma sociedade. A grande dificuldade para esse encaminhamento é a falta de instrução política que leva as pessoas a declinarem de seus direitos cidadãos e a entregarem suas vidas a “salvadores da pátria”.
Na ignorância política o melhor mesmo é entregar o destino nas mãos de alguém e deixar que ele faça aquilo que melhor lhe prouver e resmungar pelas redes sociais. Caso contrário, deve atuar politicamente nos movimentos sociais, nos partidos, nas igrejas, nas escolas e nos sindicatos construindo a parte da história que lhe cabe.
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