sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Santa Catarina de Alexandria

Catarina de Alexandria, canonizada pela Igreja Católica Copta, posteriormente pela Igreja Romana, empresta seu nome para província brasileira de Santa Catarina. Vivera no Egito, em Alexandria, na foz do rio Nilo, no início do século 4 da era cristã. Ela era uma princesa de origem macedônica e trazia no nome uma característica de persistência e dedicação naquilo que estabelece como suas metas: catarina – no Grego antigo, significa aquele que sobrevive em meio a ruínas. Alguns historiadores relatam que sua vida de cristã primitiva fora marcada por dificuldades; ela demonstrara com a vida tais características de tenacidade e dedicação frente às agruras na defesa da fé. Ainda jovem, convertera-se ao pensamento revolucionário vigente, o tal cristianismo, mas fora ordenada por Massimino, então imperador da Roma do Oriente, a abdicar de tais preceitos religiosos. Não foi possível; a moça se manteve firme na defesa de seus ensinamentos. Irado e sem entender a força desse novo pensamento, o imperador convocara 40 doutores renomados, naquela cidade de alta sapiência, para extirparem tais ideias estranhas da princesa Catarina, mas, num jogo reverso, conta-se que ela convertera os doutos pensadores alexandrinos ao cristianismo. Quando o imperador Massimino soubera da conversão de todos os seus 40 doutores, além de também a sua esposa e mesmo de alguns dos seus mais altos funcionários, determinou a morte imediata da bela Catarina. Era esse um período crucial para a fé cristã, a “Boa Nova”, um pensamento que se inseria por todos os recantos do antigo Império Romano (do Oriente e do Ocidente) que se esfacelava a cada instante. Uma nova concepção religiosa poderia ser fatal, pensavam eles. A partir desse ponto, ciência e fé, história e religião se fundem em um dogma católico para relatar o martírio da princesa. Contam antigos sábios que duas imensas rodas de madeira foram construídas, para, em movimentos opostos, levarem o corpo de Catarina a ser esgarçado de ponta a ponta. Antigos textos de Alexandria dão conta de que, nesse instante, um raio caíra espatifando por completo as tais rodas e os soldados mataram-na a golpes de espada. A seguir, anjos teriam transportado seu corpo ate o monte Sinai, onde um mosteiro fora construído em sua honra. Entre o mito, a religião e a história se sabe que persiste ate os dias de hoje o mosteiro em sua homenagem. Quando o navegador italiano, Sebastião Caboto, aportou no litoral catarinense, em dia 25 de novembro de 1503, era dia de Santa Catarina de Alexandria; ele não teve dúvida em nomear Terras de Santa Catarina.

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